Chinesa aporta no Brasil

Chinesa aporta no Brasil

Capa: Chinesa aporta no Brasil

Com presença internacional firmada em mais de dez anos no ramo de máquinas para o processamento do vidro plano, a fabricante chinesa Handong Glass acaba de fincar sua bandeira em terras brasileiras. Especializada em linhas automáticas para a produção de vidros laminados e em linhas para a fabricação de painéis solares, a Handong também disponibilizará aos processadores sua ampla gama de máquinas para trabalhar o vidro, como lavadoras, carregadores e linhas automáticas com soluções integradas para a construção civil. 

A empresa foi trazida ao País pelo empresário Ricardo Costa, fundador e ex-sócio da fabricante de ferragens Glass Vetro, após minuciosa avaliação das tendências do cenário vidreiro nacional para os próximos anos. Segundo Costa, a ideia de trazer a Handong Glass vem sendo amadurecida há muito tempo. “Estudos e pesquisas de mercado aos quais me dediquei detectaram que os vidros laminados e os painéis solares se mostram os segmentos mais promissores do setor vidreiro mundial, e o Brasil certamente acompanha essa tendência”, diz Costa.  “Também identifiquei certa deficiência do mercado em atender essa demanda, o que me motivou a apostar nos segmento de máquinas voltadas para esse tipo de vidro”, conta o empresário.

A experiência global da Handong, atestada por sua atuação nos mercados europeu, asiático e americano, fortaleceu a decisão de Costa de investir na vinda da empresa. Com mais de 350 linhas de laminados instaladas pelo mundo, a fabricante chinesa exporta seus equipamentos para Alemanha, Japão, França, Argentina, Uruguai, Paraguai, EUA, México e Canadá, entre outros. “No Brasil a empresa já atua de forma tímida há aproximadamente três anos, com boa receptividade”, diz Costa. E acrescenta: “Seu posicionamento a partir de agora será mais focado e intenso. Apostamos no histórico de equipamentos instalados pela empresa em todo o mundo para vencer qualquer resistência à aceitação de seus produtos.” 

A ideia inicial de trazer a fabricante chinesa ao Brasil, conta Costa, nasceu de uma conversa com o executivo Flavio Schonholz, presidente da norte-americana FDS, representante da Handong Glass nos Estados Unidos. “Ele comentou sobre o sucesso de vendas da Handong na América do Norte e em alguns países da América do Sul”, conta Costa. A forma de atuação da empresa foi outro fator que pesou na seleção. “A Handong fornece máquinas de alta qualidade e opera sistematicamente de acordo com as normas ISO de gestão e sob a chancela de certificações CE, mantendo preços acessíveis, pós-venda efetivo por uma equipe técnica capacitada”, diz Costa. “Mas foi depois de conhecer a fundo as propostas e o planejamento estratégico definido para os países da America da Sul que a decisão final foi tomada”, frisa o executivo.

“Acredito que a iniciativa vem de encontro às necessidades atuais do mercado, ao suprir uma demanda crescente por produtos fabricados pelos equipamentos que hoje são a principal expertise da Handong, ou seja, vidros laminados e painéis solares, contribuindo assim para desestimular a importação de vidros e fomentar a produção interna”, acrescenta. 

 

Aposta segura

 

Segundo Costa, a Handong quer garantir aos seus clientes um investimento seguro e amparado por um relacionamento de longo prazo. “A Handong vê o mercado sul-americano, especialmente o brasileiro, como o polo com maior potencial de crescimento no ramo vidreiro, com o melhor parque fabril da região, o que cria oportunidades de atender outros países”, ressalta o empresário. Segundo ele, a escolha do Brasil como alvo central de seus investimentos nos próximos anos prevê a criação de uma nova unidade ainda este ano, a Handong Glass do Brasil, que deverá ser a base principal de seus negócios no continente sul-americano.
“A escolha do Brasil também se justifica por uma tendência de crescimento associada à crescente implantação de normas para a construção civil, que são exigências naturais de um mercado em desenvolvimento e cada vez mais preocupado com segurança, eficiência e desempenho energético”, explica o executivo. Assim como a empresa que passa a representar no País, o empresário também enxerga o mercado brasileiro como um celeiro de oportunidades. “Temos vários exemplos de empresários que arriscaram iniciativas ousadas e hoje são referência no setor vidreiro nacional. É um mercado que requer inovação e visão de futuro, não dá para ter uma postura retrógrada nesse segmento. O próprio mercado sinaliza suas necessidades, e cabe aos empresários visualizá-las e supri-las”, diz Costa. 

Entre essas oportunidades de investimento, Costa cita o mercado de vidros temperados, que nos últimos anos passa por grande expansão, decorrente, sobretudo, de novas propostas estéticas dos projetos e das normatizações de segurança que passaram a regulamentar as aplicações do vidro na construção civil. “O vidro laminado também apresenta demanda crescente, sem que a produção consiga acompanhá-la. O mercado requer investimentos imediatos para atendê-la”, avalia Costa. “Outro produto que aponta para o futuro são os painéis solares, cada vez mais em evidência por ser uma fonte de energia limpa, sustentável e de baixo custo”, conclui o executivo.