Da China para o Brasil

Da China para o Brasil

Capa: Da China para o Brasil

Nasce uma nova opção em ferragens, acessórios e componentes para vidro no mercado brasileiro. Na verdade, com produtos já consolidados na América no Sul, a GDS amplia suas instalações e monta uma filial de sua fábrica na China aqui no Brasil. O projeto é fruto de uma parceria entre os empresários brasileiros Sergio Mesquita, Eduardo Rett e Ricardo Costa, que uniram expertises complementares para oferecem ao setor vidreiro uma linha completa de produtos de qualidade.

Formado em Direito e pós-graduado em Mercados Financeiros pelo Mackenzie, com MBA em gestão empresarial pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), Sergio Mesquita trabalhou como gerente no HSBC Bank Brasil e Citibank e, nós últimos nove anos, atuou como gerente comercial de uma grande distribuidora de vidro, acumulando larga experiência no segmento.

E foi desta vivência que surgiu a ideia de investir neste mercado. O sócio-proprietário da fabricante de componentes para vidro da GDS conversa com a revista Vidro Impresso e explica porque ele e seus sócios decidiram montar uma base da empresa no Brasil e conta quais são suas expectativas em relação ao mercado de componentes para vidro brasileiro.
 

“Continuaremos a fabricar na China e agora haverá também produção no Brasil. Fabricamos molas hidráulicas, puxadores e uma linha completa de acessórios, como suporte tucano, fenda, spiders, etc. Tudo relacionado a nossa linha irá crescer gradativamente”

 

Por que decidiram montar uma estrutura da empresa no Brasil?

Como temos uma linha completa de componentes para vidros, a fábrica seria um como um ponto de apoio para completarmos os itens. Temos agora um galpão de distribuição na capital de São Paulo e uma fábrica localizada no interior de do estado de São Paulo, onde está sediada a indústria. Além dos produtos importados, iremos fabricar ferragens e componentes para complementar a linha.

 

A empresa produz em ambos os países e ainda vão trabalhar com a representação de outras marcas?

A GDS fabrica toda a linha de fechaduras, puxadores e diversos outros produtos na China. O cliente aqui no Brasil poderá ter acesso a todos os produtos disponíveis no mercado importando diretamente da China através de nós, com toda a assessoria e garantia para uma importação segura. Hoje já contamos com a distribuição da K*Star, fabricante koreana de cortadores de vidros; e a UVUltraglass, cola UV de alta resistência europeia.

Então a produção na China continuará?
 
Sim, continuaremos a fabricar na China, visto que ainda atendemos diversos mercados na América do Sul. E agora haverá também produção no Brasil.  Fabricamos molas Hidráulicas, puxadores e uma linha completa de acessórios, como suporte tucano, fenda, spiders, etc. Tudo relacionado a nossa linha irá crescer gradativamente.

Qual sua expectativa quanto à recepção do mercado para esta nova marca?

Nosso termômetro foi a Glass South America. Por ser uma marca muito conhecida no mercado da América do Sul, principalmente no Brasil, pela qualidade de suas molas hidráulicas, o estande da GDS foi extremante bem visitado gerando vários negócios e também grande demanda pelos nossos novos produtos, o que nos surpreendeu. 

 

Por que somente agora, no início deste ano, decidiram se instalar efetivamente no Brasil e quais são as perspectivas de crescimento?

Somente após o encerramento de um contrato de exclusividade da marca no Brasil decidimos nos instalar aqui, já que estávamos atuando somente em outros países da América do Sul. O crescimento no mercado brasileiro vai depender muito do momento econômico, creio que o mercado irá determinar o crescimento, que não será apenas de nossa empresa, mas do mercado como um todo.

Quais são suas expectativas em relação à movimentação do mercado após este período de recesso da economia?

Já temos uma sinalização pequena de melhora, mas creio que diversos fatores irão ainda contribuir para esta melhora não se efetivar, como eleições, economia americana, entre outros.

“Nosso objetivo é, com a eficiência de nossa fábrica, tornar alguns preços atraentes, mas vender preço não é nosso objetivo, pois, acima de tudo, trabalhamos com o fator qualidade”

Qual sua opinião sobre o mercado de ferragens para vidro no Brasil e por que os preços chineses são mais competitivos?

Hoje é um mercado extremamente competitivo com poucas margens de ganho. Na China a grande diversidade de matéria-prima disponível, custos trabalhistas e carga tributária possibilitam o produto ter preços competitivos. Como em qualquer mercado mundial, o país tem produtos de extrema qualidade, assim como produtos de péssima qualidade, que podem gerar problemas de durabilidade e segurança após a instalação, cabe aos instaladores analisar os produtos por eles utilizados. Nosso objetivo é, com a eficiência de nossa fábrica, tornar alguns preços atraentes, mas vender preço não é nosso objetivo, pois, acima de tudo, trabalhamos com o fator qualidade.