Especialista em vidro impresso

Especialista em vidro impresso

Capa: Especialista em vidro impresso

A UBV (União Brasileira de Vidros) iniciou suas atividades 60 anos atrás pelo desejo de um grupo de vidraceiros de ter uma fábrica de vidros brasileira. Após 40 anos, foi vendida a investidores. Hoje, a empresa se dedica à produção de vidros impressos através de seus três fornos, instalados na cidade de São Paulo, onde está desde sua fundação, e de 160 colaboradores. “Nossa maior atenção é com o desenvolvimento de processos e pessoas, além dos investimentos necessários para a manutenção do processo e melhoria contínua”, ressalta Sergio Minerbo, diretor-presidente da UBV.

 

Em 2008, a UBV inaugurou o atual forno com capacidade de produção em torno de 240 toneladas por dia, duas linhas de laminação e de chapas até 3,21×2,20m de dimensão. O volume produzido atualmente é de aproximadamente 3 mil toneladas por ano. “A empresa sempre cresceu em volume e faturamento, todavia, a crise que se aprofundou a partir de 2015 trouxe forte impacto. Desde então temos trabalhado em volumes um pouco mais baixos que o histórico, mas privilegiando os produtos de maior valor agregado, tais como a linha de vidros para indústria moveleira, bem como nos vidros para têmpera cuja maior aplicação são os box para banheiro”, revela Minerbo.

 

A empresa foi uma grande exportadora de vidros para os mercados da América do Sul, América Central e com forte presença no continente Africano, com presença marcante até o início dos anos 2010, quando a concorrência dos fabricantes asiáticos acabou reduzindo o volume total exportado, que hoje equivale a 7% do total das vendas.

 

“Nossa maior atenção é com o desenvolvimento de processos e pessoas, além dos investimentos necessários para a manutenção do processo e melhoria contínua”

Sergio Minerbo – Diretor-presidente da UBV

 

 

A UBV possui aproximadamente 20 diferentes padrões (desenhos) apresentados em diversas medidas de chapa e espessura. O objetivo é dar flexibilidade ao cliente para que ele possa comprar o produto mais adequado à sua necessidade e que maximize o aproveitamento geométrico. 

A empresa possui padrões exclusivos e protegidos por patentes internacionais tais como o Quadrato e o Astral. “A UBV criou seus modelos exclusivos a partir da demanda do mercado. Os temperadores pediam um vidro moderno, diferenciado, que fosse neutro e sem direcionamento para não limitar o aproveitamento do corte.  Após algumas pesquisas chegamos nos atuais exclusivos”, conta o diretor-presidente.

O diferencial da empresa está na qualidade, principalmente nos padrões para indústria moveleira (MiniBoreal e Style) e na linha de vidros para têmpera. Na linha dos espessos para têmpera, destacam-se o exclusivo Astral e o Quadrato. Na linha moveleira, os modelos Style, o Trama e o Quadrato, todos na espessura 3mm. Todos os itens estão sempre disponíveis em estoque, em especial os espessos: Pontilhado, Antílope, Astral e Quadrato, além do MiniBoreal, que tem tido uma grande aceitação por parte do mercado.

 

 

“A UBV criou seus modelos exclusivos a partir da demanda do mercado. Os temperadores pediam um vidro moderno, diferenciado, que fosse neutro e sem direcionamento para não limitar o aproveitamento do corte. Após algumas pesquisas chegamos nos atuais exclusivos”

Sergio Minerbo

 

Para produzir o resultado do vidro impresso, a massa de vidro é fundida no forno e depois passa entre dois cilindros refrigerados. O vidro é laminado a aproximadamente 1.200 ºC, logo após à laminação já está a 850 ºC e, em seguida, entra na estenderia. O cilindro inferior tem o padrão (desenho) a ser gravado e o superior é liso.  Após esta etapa, o vidro, ainda não cortado em chapas, passa por uma estenderia que é um túnel onde o resfriamento acontece de modo controlado. O objetivo dessa fase é aliviar as tensões. Após essa etapa, o vidro é cortado em chapas nas dimensões desejadas e embalado, seja em colares ou em caixas. 

A empresa é certificada pela norma ISO 9.000 e busca processos sustentáveis, aproveitando 100% do caco gerado. Além disso, a água de refrigeração dos cilindros trabalha em circuito fechado, reduzindo o consumo.  O combustível utilizado é o gás natural, opção menos poluente e que conta com a aprovação dos órgãos de licenciamento ambiental.