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Produção amparada

Italotec chega aos dez anos com equipamentos de última geração para fornecer peças de reposição aos seus clientes

11/11/2012

Estrutura de ventosa sendo soldada na fábrica da empresa

Nascida como empresa de assistência técnica para a fabricante italiana Schiatti Angelo, a Italotec completa dez anos de atuação no setor de máquinas, ferramentas e acessórios para vidro com uma trajetória marcada por estratégias ousadas e bem sucedidas.  A empresa paulista iniciou suas atividades em um salão de cerca de 180 m² na Freguesia do Ó, atuando na manutenção e reforma de máquinas e fornecimento de peças de reposição. Hoje, conta com uma estrutura que ultrapassa os 3 mil m², com equipamentos de última geração para a fabricação de peças de reposição e desenvolvimento de novos produtos. “A Italotec era uma empresa de pequeno porte que na época se destacava mais por seu trabalho de assistência técnica. Creio que éramos a menor empresa atuando no ramo”, lembra a diretor de produção da empresa, Fabiano Moutinho.

 

À medida que adquiria experiência no setor, a Italotec pôde identificar uma carência do mercado com relação a peças de reposição de outras máquinas, nacionais e importadas. “Demos início, então, a uma nova frente de atuação, que viria a atender a uma gama maior de clientes”, conta Moutinho. “A ideia era que o cliente pudesse contar, em princípio, com a assistência do fabricante de sua máquina. Caso não houvesse uma determinada peça em estoque, por exemplo, nós ofereceríamos uma segunda opção, para não deixar a máquina parada.” Pouco a pouco, a empresa conquistou a confiança do mercado e passou a desenvolver uma grande variedade de peças com a mesma qualidade das originais.

 

A primeira conquista da empresa concretizou-se com a aquisição de um torno CNC, máquina em que o processo de usinagem é feito por comandos numéricos computadorizados. A experiência no setor de máquinas, aliada aos constantes investimentos em infraestrutura e tecnologia, levaram a Italotec a uma posição de destaque tanto na fabricação de peças como de ventosas para içamento de vidros.  “No início, enfrentamos certa dificuldade de aceitação, já que a tendência dos clientes é achar que as peças originais são sempre de melhor qualidade e terão garantia de funcionamento”, diz Moutinho. “Mas os investimentos constantes em equipamentos de ponta e expertise no desenvolvimento de produtos nos deram as credenciais para seguir em frente e ganhar credibilidade.” 

 

No portfólio atual da empresa, destacam-se as ventosas para içamento de vidros, sapatas para bisseladoras e peças para lapidadoras importadas, principalmente chinesas. “Muitas empresas trazem máquinas direto da China, sem passar por um representante, caso em que ficam desprotegidas quando precisam de peças de reposição. Essas empresas têm nos procurado e com isso contam com as peças a pronta entrega e a um custo muito vantajoso.“

 

Cliente como aliado

 

Segundo Moutinho, foi a partir de 2006 que a Italotec começou a colher os frutos das ações para se posicionar no setor de forma estratégica. “O aquecimento do mercado favoreceu o investimento de muitas empresas em novos equipamentos e, acompanhada desse movimento, surgiu uma maior demanda por peças de reposição, além de outros produtos para manutenção desses equipamentos”, informa o diretor. “Nosso maior aliado nesse processo de crescimento e consolidação tem sido o cliente. O nome da Italotec sempre correu boca a boca, e foi assim que fomos ampliando nossa carteira, atualmente composta por grande número de instaladores, beneficiadores e fabricantes de vidros.”

 

Torno de CNC

Torno de CNC, usado para produção das peças

 

Visitar clientes e, por meio desse contato pessoal, levantar suas reais necessidades sempre foi o foco de atuação da empresa, explica Moutinho. A estratégia tem sido fundamental para direcionar novas ações e lançamentos. “A cada visita, sempre identificamos novas peças para desenvolvimento e com isso aumentamos nossa gama de produtos.”

 

Em meio às crises que o mercado internacional vem sofrendo, observa o diretor, o maior desafio para o setor tem sido manter peças de reposição em estoque. “Estoque é dinheiro parado”, diz ele. “As empresas acabam mantendo apenas as peças que apresentam maior histórico de trocas nas manutenções. Quando precisam de outras peças, essas empresas procuram a Italotec, que dispõe de máquinas para atender a essas situações no menor prazo possível.”

 

Com o aumento tanto do número de máquinas Schiatti instaladas no Brasil quanto das vendas de peças e ventosas, a Italotec concentrou investimentos na compra de novas máquinas CNC e na construção de seu galpão, instalado em uma área de 16 mil m² na cidade de Campo Limpo Paulista. Moutinho ressalta que, diante do crescimento acelerado do setor da construção civil, o atual momento é mais do que favorável. “Empresas de esquadrias e vidraceiros estão deparando com projetos que exigem vidros de grandes dimensões nos fechamentos de fachada, caso em que o uso de ventosas é indispensável.”

 

O mais recente produto desenvolvido pela Italotec nesse segmento é a ventosa V4AC. “Com a produção de vidros de até 6 m de comprimento, o manuseio dentro das fábricas é cada vez mais difícil”, frisa Moutinho. “O uso desse equipamento permite reduzir o número de funcionários envolvidos no trabalho de movimentação de chapas no processo de lapidação.”

 

Para 2013, a empresa planeja ampliar suas instalações e continuar investindo em equipamentos mais sofisticados. “Outra ação que consideramos de extrema relevância para o avanço de nossos negócios é visitar feiras fora do Brasil, para buscar novas parcerias e trazer ideias.” Atualmente, a Italotec fornece para todo o território nacional e exporta para Paraguai, Bolívia, Uruguai, Argentina, Peru e Chile. As importações restringem-se a peças de reposição da Schiatti Ângelo. “Em breve, porém, entraremos numa nova fase, em que buscaremos novas parcerias com empresas de fora do Brasil”, revela Moutinho.
Para dar conta do aumento da demanda previsto, Moutinho revela a intenção de estabelecer parcerias com o Senai e outras instituições de ensino. “É imprescindível termos profissionais preparados para as nossas necessidades”, completa o diretor. 

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